Uma escolha simples!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Como eu disse; esta acontecendo aqui, breve será em todo Brasil!

DIOXINA: O DERRADEIRO ALERTA!
Ela é hoje considerada a mais violenta substância criada pelo homem, com seu grau de periculosidade ultrapassando tanto o urânio quanto o plutônio. Pior do que isto, compondo uma família de 200 membros, as dioxinas estão totalmente fora de controle no meio ambiente. Sua geração – produzida por moléculas de cloro submetidas a altíssimas temperaturas onde há matéria orgânica – abrange um espectro que vai dos processos de branqueamento de papel até a incineração de lixo, passando pela queima de PVC e de tinta, ou ainda, pelos agrotóxicos. Entre seus males está o extermínio das defesas naturais do corpo – numa sintomática contemporaneidade com a AIDS – o surgimento de diversos tipos de câncer e a teratogenia, ou seja, a propriedade de produzir seres de aspecto monstruoso. Ainda não tendo este nome, as dioxinas já haviam contaminado operários nos Estados Unidos, na Alemanha e noutros pontos que a literatura restrita de alguns cientistas documentara. Ocultas nas moléculas de ácido acético, elas foram cruéis armas de guerra norte-americanas no Vietnã.

Empresa quer instalar usina de energia por incineração de lixo no Brasil

por Fernanda Dalla Costa — última modificação Mar 12, 2010 06:51 PM

A empresa canadense Naanovo Clean Energy está negociando com os estados de Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná para escolher o local e implantar a primeira usina de geração de energia por incineração de resíduos no Brasil. Organizações brasileiras fazem oposição ao método.

A informação é de Anthony Loureiro, presidente da subsidiária brasileira da Naanovo Clean Energy. Segundo ele, a definição da cidade que receberá a usina ainda está sob negociação. "Estamos trazendo para o Brasil a tecnologia sueca de incineração de resíduos", disse.

Loureiro afirma que todo o investimento na planta - US$ 40 milhões (R$ 71,38 milhões) - será feito pela empresa e que o município escolhido obterá um benefício financeiro. Segundo ele, com o uso da incineração, o custo do descarte do lixo - que atualmente gira em torno de R$60 por tonelada que chega aos aterros sanitários - pode cair pela metade.

"Eu posso cobrar R$10, R$20, R$30, um valor bem abaixo do que a prefeitura já paga. Esse é o lucro que a prefeitura pode ter, porém a venda da energia, a R$0,18 o quilowatt e a venda da água é minha", afirmou, referindo-se aos 7 megawatts/hora de energia e aos 32 mil litros de água de reúso por hora, ambos produtos da operação.

"Temos usinas que destroem 180 toneladas de lixo por dia gerando 178 megawatts de energia, o que corresponde a 7 megawatts por hora, taxa que não é alcançada por nenhuma outra tecnologia de incineração", garantiu.

Porém, o valor de venda de R$ 180,00 por megawatt da energia gerada a partir da incineração dos resíduos domiciliares ainda é um preço elevado se comparado aos R$ 128,00 por megawatt da venda da energia térmica e aos R$ 148,00 por megawatt da energia eólica, uma das fontes mais caras nos leilões de energia promovidos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

"Mesmo acima da média, de preços, esse valor não é tão ruim, se considerarmos que ele dá uma destinação ao lixo, que é um problema mundial", ponderou o consultor em eficiência energética Cyro Boccuzzi, da Ecoee Consultoria.
DESVANTAGENS

Estudos indicam que a incineração de resíduos pode emitir gases causadores de efeito estufa e mais de 195 compostos químicos diferentes, entre eles o dióxido de carbono e o óxido nitroso, que são prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente.
Esse risco, segundo Loureiro, não acomete a tecnologia da Naanovo, pois na Suécia são feitos monitoramentos diários nas plantas de incineração, que mostram que os índices de emissões são próximos a zero.
O problema, segundo Elizabeth Grimberg, coordenadora executiva e de Ambiente Urbano do Instituto Pólis, é que as emissões diárias são difíceis de serem medidas e normalmente não revelam resultados alarmantes ao contrário das medições a longo prazo.
"As emissões são cumulativas, então pode estar abaixo do recomendados pela legislação diariamente. Mas na somatória dessas emissões ao longo dos anos o resultado é assustador", afirma Grimberg.
Loureiro acrescenta mais um benefício à sua causa, o de que o processo também gera 5% de cinzas inertes que podem ser usados para a fabricação de blocos para a construção civil e que, nos planos da Naanovo, servirão de base para uma nova ocupação para as pessoas que vivem da venda de produtos recolhidos no lixão.
Isso porque, de acordo com o presidente da subsidiaria brasileira, o processo não indica a necessidade da realização de triagem, coleta seletiva ou reciclagem prévia dos resíduos.
"Do jeito que o caminhão entra na minha planta ele despeja tudo la dentro, não precisa de uma coleta seletiva antes, a turbina consome tudo", disse o presidente.
"No caso de algumas leis brasileiras que exigem que uma porcentagem seja reciclada, tudo bem, podemos fazer a triagem, separar um pouco, mas a turbina pode dar conta de tudo."
Na opinião de Grimberg, a tecnologia da incineração vai na contra-mão do aproveitamento integral da vida util dos materiais, da redução do uso de matéria prima, energia e água.
"Essa atividade impactará toda a cadeia da indústria da reciclagem, que já está montada, impactará a economia da reciclagem, o trabalho e a renda dos catadores, além do acúmulo de emissões e o impacto no preço das matérias primas", disse.
A coordenadora do Pólis também lembra do custo financeiro desses projetos. "O projeto de instalação de uma usina para o aproveitamento energético de 2 mil toneladas de resíduos da cidade de São Paulo tem um custo estimado em US$ 250 milhões".
Grimberg afirma que a o Instituto Pólis não trata a incineração como uma solução para o lixo. "É um tipo de destinação de alto impacto ambiental, de altos custos e impactos sociais, desperdício da parte orgânica que poderia gerar um adubo e não cinzas", disse.
Parte da demora na votação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, foi provocada pelas manifestações contrárias ao reaproveitamento energético de lixo. Em dezembro do ano passo, um grupo de 12 entidades paulistas, entre elas o Instituto Pólis, o Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis e o Movimento Nossa São Paulo manifestaram-se contra a implantação de sistemas de incineração de resíduos para a geração de energia na cidade.
O projeto de lei 203/91 que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi aprovado na Câmara dos Deputados em 10 de março e aguarda votação do Senado Federal. A proposta prevê que o aproveitamento energético dos resíduos somente será permitido depois que todos os recursos recicláveis forem separados ou se não houver viabilidade técnica para a reciclagem.
TECNOLOGIA
A tecnologia que sustenta as ações da Naanovo foi desenvolvidas a cerca de 40 anos, na Suécia, onde é usada para gerar calor que é aproveitado na calefação das casas.
Segundo Loureiro, a Suécia não se interessou em disseminar a técnica em outros países e assim a Naanovo comprou a patente da tecnologia e agora pretende levá-la para o mundo.
"Além do Brasil, estamos entrando em Gâmbia, na África e na Europa", disse. Segundo ele, apesar da subsidiaria brasileira existir há 10 meses, nenhum contrato ainda foi fechado.
Loureiro mostra-se otimista com a atuação da empresa no Brasil. "Tenho certeza que assim que eu fechar o primeiro contrato, muitos outros o seguirão".
Tanto otimismo deve-se, segundo Loureiro, ao fato de que nenhuma outra tecnologia de incineração permite extrair 7 megawatts de energia de 7 toneladas de resíduos. Isso é conseguido com a baixa temperatura de operação da turbina (90ºC), que em seguida sofre um resfriamento brusco, o que gera vapor que é condensado em 32 mil litros de água de reuso por hora.
"Além disso, a tecnologia poderá absorver todo o lixo, orgânico ou não, de até cinco anos que estiver nos aterros das cidades contempladas pela usina", afirmou.

Leiam mais em: http:/defensoresdepontezinha.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Este uso de geração energética, só poderia ser utilizada APÓS a domesticação dos gases, com destino controlado,monitorado e conclusivo, pois de pouco adianta gerar problemas potencialmente maior que o atual, TODAVIA é muitíssimo válido desenvolver tecnologia que transforme este problema em solução dupla.
    Luiz De Zorzi www.verdecamino.com

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