Uma escolha simples!

sábado, 2 de maio de 2009

Creio que isso diz tudo, onde estamos, como estamos e como ficaremos.

B O O T L E A D

PEDIDO DE DESCULPAS

por Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Amigos, o momento é de reflexão, e, portanto, de pedir esfarrapadas desculpas, seguindo o exemplo do nosso magnífico Ministro da Justiça.

Infelizmente, diante da derrocada da verdade, diante do cinismo e da incúria que nos cercam , peço desculpas em meu nome e, despudoradamente, e com a honra enlameada, pela minha falta de visão, assumo o "mea - culpa" por não ter lutado o bom combate.

Fomos dos tantos Cadetes, que em 31 de Março de 1964, saímos da AMAN, sob o Comando do General Garrastazu Médici, um visionário como nós, para participar da Contra-Revolução.

Pedimos desculpas aos nossos ouvintes e instruendos pelas inúmeras instruções e palestras proferidas enaltecedoras daquele Movimento, e esclarecedoras, acerca das verdadeiras intenções dos que pretendiam à tomada do poder. Lamentavelmente, buscamos plantar naqueles jovens, o repúdio, a prevenção e o temor contra os que, à época, valiam-se de todas as formas para dominarem os países não-comunistas.

Desculpem os que morreram lutando em prol da democracia. Realmente, em sua lembrança, eventualmente, envergonhados, rezamos, mas apenas rezamos e lamentamos.

Desculpem-nos seus pais e entes queridos, a esposa e os filhos dos que tombaram por uma causa perdida. Ingênuos, acreditaram em nós.

Como consolo, podemos afiançar que nós mesmos, acreditávamos em nós e na nossa MISSÃO.

Mil perdões aos feridos, aleijados e perseguidos.

Perdoem a nossa incapacidade em prover-lhes, ou aos seus familiares, substanciais reparos financeiros.

Perdoem-nos todos aqueles que foram inoculados com a certeza de que a nossa luta era justa. A cruzada parecia ser contra um inimigo sem face, oculto, que se valia do anonimato, da guerrilha implacável, traiçoeira, da pratica de atentados, assaltos e assassinatos, pois hoje, sabemos que lutávamos contra verdadeiros paladinos. Lutávamos contra verdadeiros guerreiros.

Perdoem-nos pela pobreza de espírito, em não imaginar que o terrorista de ontem, seria o herói de hoje.

Que nos perdoem os que não sofreram qualquer ferimento físico, mas que sentem o coração trespassado pela vergonha, pela decepção, e sofrem a dor da desilusão, da impotência e, hoje, a cada novo dia, constatam que foram enganados.

Amigos, perdoem, do fundo do coração, àqueles que, como nós, os conduziram para a fragorosa derrota.

Pedimos vênia aos que, perseguidos ao longo das ultimas décadas, sob a pecha de "torturadores", têm comido o pão que o diabo amassou.

Por derradeiro, que nos perdoem pela incapacidade e pela impotência em impedir que no futuro bebam o fel do cálice do infortúnio, que, certamente, ainda irão beber.


Valmir Fonseca Azevedo Pereira é General-de-Brigada do Exército Brasileiro.





Quem nos dera que um em cada 50 brasileiros fossem como este, pudessem enxergar entre linhas

Um comentário:

  1. Em 1964 eu tinha 17 anos de idade. Acreditei no movimento militar. E se fosse hoje continuaria acreditando. Por ter sempre uma opinião anti comunista sempre sofri o patrulhamento ideológico da esquerda na universidade.

    O erro dos militares não foi desencadear o movimento que impediu que o Brasil caisse presa do comunismo internacional.

    O erro dos militares foi permitir que a esquerda enlameasse o nome e a honra da instituição.

    O erro dos militares hoje é permitir que o Brasil avance a paços largos em direção do precipício que representa uma ditadura de esquerda.

    O erro é não tornar público através de museus, estátuas públicas nomes de ruas etc, os nomes dos heróis que tombaram, inocentes, civis e militares, pelas mãos dos terroristas que hoje nos governam.

    Nunca é tarde para relembrar.

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